terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Carisma (ou a falta dele) dos pré-candidatos e a dependência de líderes dão a tônica do pleito de 2012 @Dribles_e_gols

Analise política do momento aponta para as dificuldades que o PSDB encontra para chegar a nomes de consenso que venha unir não só o partido, mas também traga união à base aliada.

A intenção de lançar quatro candidatos, talvez cinco, para concorrer com Paulo Garcia e assim pulverizar os votos e provocar um segundo turno em Goiânia, não parece ser uma boa ideia, já que na ânsia de atingir a consolidação de seu nome, o candidato pode acabar detonando um aliado da hora e acabar favorecendo o outro lado.

Uma candidatura tucana à Prefeitura de Goiânia pode ser esvaziada por conflitos internos, não só no PSDB como em toda a base de sustentação do Governo do Estado. Muitos postulam o posto de candidato do Governador, mas poucos ou quase nenhum nome, une de fato todos os partidos que compõe a base aliada.

A realização de prévias no PSDB para definir o pré-candidato do partido à Prefeitura de Goiânia foi rechaçada por todos dentro do partido, reconhecendo que a prévia poderia colocar de antemão um contra o outro dentro do próprio partido. A decisão mais plausível e salutar seria escolher o candidato através das pesquisas, mas esta opção parece esbarrar na escolha pessoal do Governador Marconi Perillo, que apesar de não ter declarado parece ter uma predileção pelo nome do Deputado Federal e Secretário do Meio Ambiente, Leonardo Vilela, que é questionado dentro do próprio PSDB como sendo um “forasteiro” querendo a vaga de candidato.

Pelas declarações de outros postulantes a vaga, como o Deputado Estadual Túlio Isac, a candidatura de Leonardo Vilela sofreria resistência por parte dos aliados do Governo.

Os nomes que estão na pista para concorrer ao Paço municipal, são nomes de peso e que estão construindo suas histórias na política de Goiás, mas um passo em falso neste momento pode colocar tudo a perder e vir a comprometer até mesmo a reeleição de Marconi Perillo em 2014.

Esta indefinição não ocorre somente em Goiânia, mas também nos principais colégios eleitorais do estado, como em Anápolis, Aparecida de Goiânia, Trindade e Rio Verde.

Se na capital parecia ser uma boa ideia a oposição lançar vários candidatos para impedir um avanço da candidatura à reeleição de Paulo Garcia, a ideia deixa de ser boa, à medida que há demora na escolha destes nomes, já que pelo visto a base terá que construir uma candidatura e moldar o candidato de forma que ele impeça o avanço da candidatura de Paulo Garcia e ainda corresponda aos anseios de união da base do Governador Marconi Perillo.

Não só o PSDB, mas toda a base aliada sofre com problemas, de falta de carisma dos postulantes ao cargo de Prefeito. Segundo dados de pesquisas o favorito do Governador, o Deputado Leonardo Vilela é quase um anônimo para o eleitor de Goiânia e até colegas de partido questionam se seria legítima a sua candidatura.

Não são poucos os que dizem preferir que o Vice Governador José Eliton viesse a aceitar ser o candidato da oposição, como uma forma de impedir a candidatura de Leonardo Vilela.

O PSDB chegou a anunciar que adotaria prévias para definir quem será o candidato nas eleições deste ano, ideia logo abandonada sob alegação que muitas arestas poderiam surgir e o nome ideal ficaria longe de um consenso no partido e até mesmo para unificar a base.

Surgiu então à defesa das pesquisas como forma de avaliar qual seria o melhor nome para a disputa. Em termos de PSDB fica constatado que Leonardo Vilela não é o melhor nome do partido e se tratando de base aliada, muito menos.
Fábio Sousa seria o nome mais indicado pelas pesquisas para ser o nome do PSDB e Sandes Júnior aparece muito bem nas pesquisas, ele já se declarou candidato a Prefeito e faz parte da base do Governador Marconi Perillo.

Até agora, nada foi decidido em relação ao pleito deste ano, Paulo Garcia é candidato natural à reeleição, até agora com o apoio do PMDB, mas como a política é dinâmica e nada é para sempre, esta parceria envolve negociações que dizem respeito à eleição de 2014. O PMDB endossa a candidatura do PT, mas quer deixar definida a recíproca na eleição para o Governo de Goiás em 2014.

Se na oposição todos querem ser o nome de consenso, na situação as coisas parecem definidas, há menos que surja um fato novo que venha mudar esta situação, pois ainda há os que acreditam em uma reviravolta e o PMDB deixe o barco de Paulo Garcia para tentar um voo solo ainda em 2012.

Esta empreitada por parte do PMDB não é sequer admitida, mas é inegável que sondagens a esse respeito já foram feitas e a possibilidade existe, a definição só sai mesmo nas convenções que vem por ai.

Um dos trunfos que o PMDB poderia ter, caso lançasse candidato próprio, seria o nome de Iris Rezende como candidato a Vereador para puxar votos ao candidato do partido, que poderia perfeitamente ser o do Deputado estadual Wagner Siqueira que está cotado para ser o Vice na chapa de Paulo Garcia, que prefere a Vereadora Célia Valadão para o posto.

Não tomei conhecimento da posição de Iris Rezende sobre o assunto, até o presente momento Iris sequer admite a hipótese de que o PMDB não vá caminhar junto com o PT em 2012.

Uma das verdades que constatamos é que falta carisma aos nomes dos pré-candidatos apresentados até agora, Falta surgir em Goiás, novas lideranças, que tenham carisma e uma aproximação maior com o povo. A dependência de nomes como Marconi Perillo e Iris Rezende é flagrante e por isso a decisão de quem será o nome ungido para concorrer a Prefeitura de Goiânia passa por eles, são os líderes máximos de seus partidos e dificilmente serão contrariados em suas decisões. Leonardo Vilela parece contar com as bênçãos de Marconi e a aliança PT/PMDB deve seguir firme no que depender de Iris.

Nomes como o de Sandes Júnior, Jovair Arantes e Leonardo Vilela são aventados como fortes pré-candidatos, mas o fato de terem disputado apenas cargos legislativos pode ser um problema na hora do eleitor decidir.

Já provaram ser fortes em termos eleitorais, mas é uma incógnita em uma disputa majoritária, apesar de alguns já terem sido testados outras vezes, isso dificulta ainda mais o processo.

O conflito interno que pode implodir candidaturas durante a campanha eleitoral parece inevitável, haja vista que quem pleiteia a vaga de candidato, quer não só o apoio do Governador Marconi Perillo, mas também de todos os partidos que compõe a base aliada estadual.

A escolha no PSDB parece surgir com as marcas de divisão, assim como no PMDB também, a dependência que os dois maiores partidos tem de seus líderes não impede o descontentamento de uns.

A história do PSDB em Goiânia pode repetir o que aconteceu com o PSDB Nacional e a escolha de José Serra em 2010, ao invés do nome de Aécio Neves. O partido entrou para a disputa, dividido em grupos e o candidato escolhido não recebeu apoio integral de todas as tendências do partido. Deu no que deu.

Unanimidade não vai haver, mas é necessário afinar o discurso e logo para que tenhamos pelo menos uma boa disputa em 2012



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